segunda-feira, 22 de setembro de 2014

FGV e Abecip preparam novo índice de preços de imóveis

Indicador criará modelos de imóveis em cada região e será mais detalhado que os já existentes




A Fundação Getúlio Vargas (FGV) está elaborando, em parceria com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), um novo índice de preços de imóveis residenciais. Trata-se do Índice Geral do Mercado Imobiliário - Residencial (IGMI-R), que será baseado em informações de instituições financeiras. O lançamento da novidade está previsto para 2015.
"Faltam mais indicadores no mercado. Temos, atualmente, apenas dois: o FipeZap e o IVG-R, do Banco Central. A questão é que eles não trazem informações detalhadas dos imóveis. Por isso, estamos trabalhando o IGMI-R, que vai usar uma massa enorme de informações dos agentes de crédito, oriundas dos laudos de avaliação dos imóveis financiados", disse Paulo Picchetti, coordenador do IGMI-C, da FGV, durante a 14ª edição da Conferência Latin American Real Estate Society (Lares).
Segundo ele, como os laudos dos bancos são muito detalhados, com dados de área, localização, dormitórios, estado de conservação etc., a ideia é criar um modelo de imóvel representativo para cada região e segmento de mercado. Quando estiver pronto, o IGMI-R vai permitir saber, por exemplo, o valor de uma unidade nova de dois dormitórios, com determinada área e numa região específica.
"Os bancos têm os dados com especificações e critérios deles. Estamos solicitando a eles informações conforme nossos critérios. A fórmula de cálculo e a metodologia já estão prontas. Quando tivermos esses dados, é só inseri-los", explicou Picchetti.
IGMI-C internacional
A FGV está remodelando o Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C), lançado em 2011 e atualizado a cada trimestre. O indicador, que mede a rentabilidade dos imóveis comerciais, tem metodologia semelhante a de índices internacionais, mas os dados utilizados são diferentes. Por isso, a FGV está compatibilizando os dados conforme o índice americano IPD.
"Os nossos fornecedores de informação [as empresas] estão se adequando para nos enviar dados no mesmo formato dos que são utilizados pelo IPD. Depois que isso acontecer, o índice estará pronto, e eles [do IPD] vão divulgar nosso indicador como global", explica Paulo Picchetti, da FGV.
O objetivo é ter um índice que possa ser analisado por um investidor estrangeiro, e que seja comparável com indicadores de outros países. Segundo Picchetti, ainda não se sabe quando ocorrerá a chancela do IPD.

Por: Jorge de Oliveira Jr. - @jorgenojr
Fonte: Revista Pini

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