quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Conhendo Jundiaí: Serra do Japi

Visão geral

A Serra do Japi abriga uma das últimas grandes áreas de Mata Atlântica do interior paulista. O território da serra, com aproximadamente 350 Km², vem sofrendo ações da atividade humana há pelo menos três séculos, com a exploração de madeiras, tentativa de utilização agrícola e mineração, freqüentemente desencadeando ações degenerativas sobre o ambiente local, como derrubadas de matas, incêndios florestais, queimadas, movimentações de terra e rocha e processos erosivos.
A cobertura vegetal, decorrente dessas ações, é formada por reflorestamentos, principalmente pinus e eucaliptos, pastagens e pequenas porções de culturas agrícolas. As matas naturais aparecem cobrindo a maior porção, tendo sido, em boa parte, fortemente modificada em função de incêndios e extrativismo florestal, diminuindo sensivelmente a ocorrência de floresta primária, dando espaço para as matas secundárias, não menos importantes.
Cachoeira do Toco

A Serra abriga inúmeras árvores como aroeiras, araticuns, perobas, guatambus, jacarandás, ipês, paineira, pata-de-vaca, cássias, copaíba, jatobás, guapuruvú, embaúbas, capixigui, cambará, andiras, canelas, jacarandás, quaresmeiras, manacá da serra, canjerana, cedro, ingá, angicos, pau-jacaré, chico-pires, pitanga, uvaia, araçás, sete-capote, goiabeira, jerivá, palmito, açoita-cavalo, candeia e inúmeras outras. São mais de trezentas espécies observadas até hoje. E também um grande número de arbustos, herbáceas, samambaias e musgos.
Grande produção de água

O Japi ainda abriga uma fauna bastante diversificada, com mais de 650 espécies de borboletas identificadas e centenas de espécies de outros insetos, aracnídeos, anfíbios, répteis que já foram objetos de estudo por pesquisasdores.
Várias espécies de aves como inambu-xitã, garça-branca, urubus, gaviões, falcões, acauã, siriema, quero-quero, juritis, alma-de-gato, anus, corujas, beija-flores, pica-paus, joão-de-barro, matraca, tesourinha, araponga, bem-te-vis, andorinhas, gralhas, corruíras, sabiás, sanhaços, saíras, tiziu, tico-ticos, bicos-de-lacre e muito mais, habitam permanente ou temporariamente a Serra do Japi.
Mamíferos como gambás, tatus, tamanduá, morcegos, bugio, macaco-sauá, cachorro do mato, jaguatirica, gatos-do-mato, gato-maracajá, onça parda, furão, cateto, serelepe, preá, ouriço, veados, capivara, tapiti, dentre muitos outros, têm o Japi como um dos poucos refúgios, inclusive vários destes animais estão ameaçados de extinção.
A Serra do Japi é considerada uma região ecotonal, isto é, uma área de transição ou junção entre duas ou mais formações florestais. No caso, as Umbrófilas da Serra do Mar e as Semideciduais do interior paulista. Uma das características mais relevantes das áreas ecotonais é a alta diversidade de formas de vida.
Córrego Padre Simplicio

Com esta múltipla biodiversidade, o Japi contribui para preservação de uma grande quantidade de espécies, sendo um enorme e maravilhoso laboratório natural para estudos e pesquisas, que além do desenvolvimento da ciência, pode e deve propiciar importantes frutos para a humanidade.
A Prefeitura do Município de Jundiaí, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, mantém dentro da Reserva Biológica Municipal da Serra do Japi, a Base de Estudos de Ecologia e Educação Ambiental Miguel Castarde, que dá apoio logístico a pesquisadores, principalmente estudantes de mestrado e doutorado, acolhe aulas de campo de cursos de graduação em ciências naturais e desenvolve trabalhos de educação ambiental.
Outra notória importância da Serra do Japi está na produção de água de excelente qualidade. Ela é formadora de inúmeros córregos de águas cristalinas, que já são utilizadas para o abastecimento público e com potencial para o aumento de captação desse recurso.

É possível agendar visitas em grupo e individuais, para mais informações acesse o site.

Por: @jorgenojr

Fonte: Prefeitura de Jundiaí

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